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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Sobre mudança climática

É um tema em grande voga a mudança climática, mas é tamanha a neurose social em relação ao tema que a simples ameaça de cortar uma árvore é quase considerado um crime hediondo para alguns. Aquecimento global tornou-se um gigantesco estudo científico, e filtrar o que é real e o que é desespero de loucos pregadores do fim do mundo é uma tarefa árdua que muitas pessoas não fazem. 

Desde o início do século XX a temperatura média da Terra, segundo medições, aumentou em mais ou menos 0,8 ºC e 90% dos cientistas acreditam que esta mudança deve-se à ação humana no planeta. Mas será mesmo? Quando se observa a história da evolução geológica do planeta podemos observar que ele nunca foi estável. Houve várias eras de glaciação, outras em que a superfície da Terra era coberta por magma, a atmosfera terrestre já foi constituída de diversos gases até chegar à composição atual, então, a configuração da Terra não é estática e nenhuma dessas grandes transformações anteriores teve influência humana. Além disso, fatores externos à Terra, que independem da ação humana, influem bastante na dinâmica climática do planeta, como uma maior atividade solar, período pelo qual estamos passando atualmente.

A espécie humana desenvolveu-se durante uma janela de, aproximadamente, 10.000 anos de estabilidade geológica. Despontamos, como a espécie homo sapiens, após o fim de uma era glacial e, desde então, nenhuma grande mudança foi sentida no planeta. Houve sim períodos de maiores e menores temperaturas médias do planeta, como períodos muito gelados que dificultaram a produção de comida na Europa durante a Idade Média, mas esses foram antes da industrialização e não tem nenhuma relação com a atividade humana.

Então, de onde vem tantos dados e modelos apocalípticos de catástrofes ambientais, que vemos tanto em documentários do Discovery Channel? Em primeiro lugar um modelo computacional é tão eficiente quanto os dados que podemos colocar nele e quão bem entendemos do planeta para podermos modelá-lo. Existem fenômenos que não temos medidas e não conseguimos inserir nesses modelos, como o El Niño, o que torna esse modelo por si só falho. Outro fator que os modelos falham em considerar é o papel dos oceanos no clima. As correntes oceânicas são de extrema importância para a estabilidade da temperatura, mas os modelos a consideram pouco. 

Nessa parte de confiança nos dados, entramos no ponto da confiança nos estudos, cientistas e órgãos por trás deles. Aquecimento global virou um verdadeiro comércio e a briga por investimento, muitas vezes, deixa de lado a ética da pesquisa científica. Os ambientalistas e defendedores do aquecimento global causado pelo homem quase sempre usam o argumento, ou como eu o considero pseudo argumento, de que pesquisas contrárias ao aquecimento global são financiadas por petrolíferas e empresas que lucram com desmatamento, como as do agro-negócio. Contudo, hackers invadiram computadores de centros de pesquisas dedicados a pesquisar evidências do aquecimento global e revelaram informações de que estes centros manipulavam os dados para obter o resultado que seus financiadores - empresas de energia limpa - queriam obter. Fraude por fraude, ambos os lados são corruptos. 

A matriz energética atual está centrada no petróleo e seus derivados, e é recorrente aos ambientalistas demonizarem-no e culparem o CO2 pelo aquecimento global e destruição da camada de ozônio. Primeiro, os problemas com a matriz energética centrada no petróleo é mais sócio-político do que ambiental. Não é preciso mencionar que as maiores regiões produtoras de petróleo são politicamente instáveis o que colabora para grande oscilação do seu valor. E como todo segmento econômico está, direta ou indiretamente, dependente do petróleo, como o valor dos alimentos, a economia se torna instável. Então, a substituição da nossa matriz energética faz-se mais necessário por fatores sociais do que por fatores ambientais. 

A Terra é constituída de 71% de água e apenas 29% de continente, que é onde habitamos e nossas ações têm maior efeito. Desses 21% existem extensas regiões desérticas, congeladas, montanhosas nas quais não habitamos e impactamos pouco. Resta-nos, então, aproximadamente 7% do planeta no qual impactamos diretamente e que nossas ações têm efeitos determinantes. Imaginar que possamos impactar o planeta inteiro é superestimar nosso papel e capacidade. Todavia, podemos, e fazemos, grandes impactos aos ambientes locais, que podem ter impactos na nossa própria sobrevivência nesse planeta. Quando destruímos um solo propício à agricultura, utilizando técnicas de plantio destrutivas ao solo, estamos prejudicando a sociedade humana e a produção de alimento, dificilmente estamos prejudicando o planeta em si. 

A discussão climática atual está perdida em debates que não vão solucionar o problema. Estamos perdidos discutindo cotas de emissão de gás carbônico, por que?, porque isso gera dinheiro no mercado de cotas de CO2. Não são discussões para se adaptarem a uma inevitável mudança das condições ambientais, estamos perdidos achando que a culpa é nossa e podemos, então, evitá-la. Devemos mudar o foco e procurar soluções práticas para questões como alimentação e sobrevivência dos seres humanos em um planeta menos favorável.

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Área Comercial:

Entrevista com o professor Luiz Carlos Molion - físico e metereologista.






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Mercado de Carbono e Protocolo de  Quioto
O governo brasileiro possui um papel fundamental no desenvolvimento do Mercado de Carbono do Protocolo de Quioto, oferecendo incentivos que promovam o MDL e oportunidades para as atividades de redução de emissões ou aumento da remoção de gases de efeito estufa. Não restam dúvidas que também os juristas têm um papel fundamental nessa empreitada, oferecendo o suporte jurídico necessário àqueles que pretendem construir um cenário sólido e atraente. Essa obra tem como desígnio contribuir para tal meta, conduzindo uma análise consciente da natureza jurídica e tributação das RCEs e das operações com tais instrumentos, baseada em uma interpretação sistemática fundada na hierarquia das normas.




A fraude do aquecimento global


Assumindo que as mudanças climáticas são fenômenos naturais que ocorrem há centenas de milhões de anos e contra as quais a humanidade pouco pode fazer, além de entender melhor a sua dinâmica e adaptar-se adequadamente a elas, o autor acredita que o alarmismo 'aquecimentista' é promovido por interesses políticos e econômicos, que transformaram um debate cientítfio em uma obsessão mundial e uma verdadeira indústria. Este livro traz argumentos para ajudar a devolver essa discussão crucial ao campo do bom senso.





Aquecimento global: ciência ou religião



Este livro visa esclarecer como as oscilações naturais da atividade solar, dos oceanos, dos vulcões e de outros elementos interferem no comportamento da temperatura global, além de questionar o que existe de subjetivo no tema Aquecimento Global.

2 comentários:

  1. 99,9% da energia que chega na terra provém do sol. O resto é energia geotérmica. Ou seja, o grande responsável pela temperatura GLOBAL é o sol. Mas é claro, e perfeitamente possível, que o homem altere o clima LOCAL de uma determinada região, mas o clima GLOBAL? Ainda não somos tão fodas assim...
    Além de que, como você disse, essa discursão está mais voltada para o lado capitalista do que para os reais problemas que enfrentamos. Se algo vale dinheiro, vamos vender.... E com o carbono não seria diferente...
    O interessante é que essa discursão sobre gases poluentes tem muito em comum com patentes sobre processos de produção. Por exemplo o CFC. Começaram a falar que esse gás era poluente mais ou menos nos períodos finais em que a patente da produção de bens utilizando o gás estava vencendo. O mesmo ocorreu com o gás anterior, acho que era o butano, e o mesmo vai ocorrer com o HCFC.
    O capitalismo regra o nosso mundo, às vezes para o bem, às vezes não. Não sou contra ele, mas que devido a ele nós somos enganados todos os dias, isso sim é verdade. Mas enquanto não surge outro sistema econômico melhor, como diria a banda AC/DC: Money talks!

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    1. Hehehee valeu peleo comentário Luiz Felipe, a citação do ac/dc deixou inconfundivel saber quem era.

      Sim, o capitalismo controla tudo no mundo atual, algumas coisas para o bem outras nem tanto assim. Ainda há várias outras teorias de conspirações por detras do aquecimento global, como que este está sendo usado para impedir o desenvolvimento de regiões em desenvolvimento, como a america latina e a africa; e que tenha grupos com o interesse de parar o desenvolvimento econômico mundial.

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