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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Resultado das eleições

As eleições municipais foram concluídas e é hora de analisar as mudanças no cenário político nacional. Em número de municípios o PMDB lidera os partidos com 1031 prefeituras, o que entretanto representa uma perda de 14,15% em relação a 2008, em segundo lugar está o PSDB com 702 municípios, 11,12% a menos, e o PT tem 636 prefeituras, 13,98 a mais que 2008. O que isso muda para o país e para os respectivos partidos?



Fonte: Folha de S. Paulo

O ex-presidente Lula demonstrou nessa eleição pela segunda vez sua capacidade de levar um candidato sem esperança nenhuma de ser eleito à eleição. Como brincou o humorista Rafinha Bastos, Lula elegeria um personagem da Disney se quisesse. A eleição de Haddad em São Paulo é, sem dúvida, uma vitória do ex-presidente, que mesmo com os problemas de saúde fez uma campanha incansável pelo candidato. E é uma importante vitória para o partido que coloca-o no controle do maior número de eleitores, 17,5 milhões correspondentes a 27%. Por outro lado, mostra uma deficiência na tradicional direita conservadora do país.

São Paulo é um estado de liderança típica do PSDB, no entanto o PT conquistou além da prefeitura da capital outras quatro cidades da Grande São Paulo (Guarulhos, São Bernardo do Campo, Santo André e Osasco). Em um cenário de crises mundiais em que notamos uma participação mais firme do Estado na economia o discurso da extrema direita torna-se vago e sem apoio. E Serra representa bem essa ala do partido. Já é possível esperar uma nova escolha para concorrer a eleição presidencial de 2014 e o nome com mais destaque é o do Senado Aécio Neves, que elegeu seu candidato a prefeitura de Belo Horizonte ainda no primeiro turno, que ainda não possuiu o destaque suficiente dentro do PSDB, mas dois anos é muito tempo. O PT é mais imprevisível, provavelmente o partido irá confiar mais na capacidade de Lula de escolher candidatos.

Um partido com grande desempenho foi o PSB, que controla um total de 8,7 milhões de eleitores, ficando em quarto colocado no ranking. O partido controla mais capitais, cinco, seguido pelo PSDB e PT que controlam quatro cada um. O DEM ressurgiu timidamente no cenário nacional conquistando duas capitais, Salvador e Aracaju e o PDT manteve-se na mesma, conquistando três capitais, o mesmo número que possuía antes. O PMDB detinha três capitais antes das eleições e saiu com apenas duas, Rio de Janeiro e Boa Vista. E uma quebra de tendências aconteceu em Vitória, Espírito Santos, onde um candidato do PPS terminou com a alternância PT-PSDB no estado, o PPS é uma oposição não aliada com o PSDB.

O resultado das eleições foi uma mostra que o julgamento do mensalão não afetou tanto a imagem do ex-presidente, pelo menos no âmbito regional. Uma importante vitória em São Paulo em números de eleitores, mas uma retração no controle das prefeituras como um todo. Partidos novos crescem no cenário nacional e podem indicar uma mudança nas alianças políticas para 2014. O PSDB também deverá repensar suas escolhas de candidatos se estiver sério para concorrer a presidência.

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Evolução política do Brasil


Esta obra tem peso em dois ciclos na vida cultural brasileira - o primeiro deles é o dos grandes ensaios de interpretação da nação da década de 1930. O outro ciclo em que a obra se destaca é o dos estudos marxistas da história do Brasil. O materialismo histórico era então bastante incipiente no país, praticamente coincidindo com a fundação do Partido Comunista do Brasil, em 1922.







A política do Brasil
O surgimento de novos sujeitos políticos durante o regime autoritário - e a plenitude de sua expressão no regime atual - modificou o cenário político do Brasil, alterou o jogo do poder e redefiniu o protagonismo dos antigos grupos e partidos. O Brasil emergiu nos interstícios do cerceamento partidário durante a ditadura e ganhou vida própria após a cessação do autoritarismo. Por meio deles as estruturas políticas profundas da sociedade brasileira redefiniram o sentido da política, as funções dos partidos e o alcance da democracia. O autor retoma neste livro a tradição da interpretação do Brasil político nas suas anomalias constitutivas, que o fazem discrepante dos modelos relativos às sociedades de clássica referência das análises políticas.

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